My Beloved Visits My Grave - Novel - Capítulo 28
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Zhao Zhuo corou e fechou a porta com força novamente.
“Tio Zhao…” Gu Lang estava encharcado da cabeça aos pés. A água em seu cabelo deslizou pelo pescoço, passando ligeiramente pela clavícula saliente e entrando em suas roupas entreabertas. Ele lutou para se levantar, mas Murong Yan passou os braços em volta da cintura e o abraçou com força.
“Eu realmente odeio não poder te ver agora.” Murong Yan piscou os olhos apáticos e disse com voz rouca: “Quero ver como você está agora, mesmo em meus sonhos mais loucos.”
Gu Lang puxou a camisa encharcada de Murong Yan e cerrou os dentes, dizendo: “Solte!” Ele já tinha a pele clara e agora que estava encharcado de água, ele não conseguia esconder a vermelhidão no rosto.
“Está tão quente…” Murong Yan ergueu o rosto e se inclinou para mais perto dele antes de sussurrar em seu ouvido: “Você está me escaldando…”
O rosto de Gu Lang ficou vermelho e suas orelhas ficaram vermelhas: “Cale-se!”
Murong Yan riu levemente e disse lentamente: “Estou escaldando você também. Estamos empatados?”
Gu Lang disse: “Me solte então!”
“Tem certeza de que quer sair assim?” Murong Yan acariciou a parte inferior das costas e se abaixou. “Você quer que eu te ajude…”
Gu Lang de repente agarrou sua mão, sua respiração estava escaldante: “Não precisa!”
Murong Yan disse: “Então por que você não me ajuda?”
Zhao Zhuo, que andava de um lado para o outro na entrada do pátio, sem saber se deveria sair ou não, de repente ouviu o grito do Jovem Mestre Murong de dentro da sala. Então, a porta se abriu e seu Jovem Mestre saltou de repente e fugiu sem deixar vestígios.
Gu Lang ignorou Murong Yan por vários dias e teve que fazer um desvio sempre que o via. Murong Yan segurava uma fina vara de bambu e caminhava sozinho para encontrar uma maneira de alimentar os peixes. Ele também estava procurando cegamente pela caixa de comida para peixes perto do lago, parecendo muito infeliz.
Zhao Zhuo não suportou vê-lo assim e se aproximou para passar a comida de peixe para ele: “Jovem Mestre Murong, aqui está.”
“Obrigado, tio Zhao.” Murong Yan pegou a comida de peixe e espalhou um pouco no lago. Imediatamente, dois peixes nadaram e comeram a comida de peixes com grandes bocados.
Zhao Zhuo olhou para os dois peixes e não pôde deixar de suspirar: “Que peixes gordos.”
Murong Yan sorriu e disse: “Gu Lang comprou para mim”. Seus olhos estavam cobertos com um pano branco, que foi colocado pelo médico que Sun Fang encontrou e aplicou remédio em seus olhos. Ele teve que trocá-lo a cada dois dias.
“O Jovem Mestre comprou?” Zhao Zhuo ficou intrigado. Por que ele não o cozinha e o come? Não é um peixinho dourado, por que você o guardou?
“Sim.” Murong Yan assentiu. “Ele me deu como presente de aniversário”.
Zhao Zhuo: “…”
“Quando é o aniversário de Gu Lang?” Murong Yan perguntou. “Quero preparar um presente para ele em troca.”
Zhao Zhuo de repente ficou em silêncio. Depois de um longo tempo, ele disse: “O Jovem Mestre não comemora seu aniversário há muitos anos”.
A mão de Murong Yan, que espalhava comida de peixe, parou: “Por quê?”
Zhao Zhuo suspirou: “No décimo terceiro aniversário do Jovem Mestre, algo aconteceu em casa. O Mestre e a Senhora… infelizmente, desde então, ele se recusou a comemorar seu aniversário.”
Os cinco dedos de Murong Yan se apertaram lentamente. Após um longo silêncio, ele disse: “No futuro, quando ele comemorar seu aniversário comigo, prepararei macarrão de longevidade para ele”.
Zhao Zhuo ainda estava imerso em tristeza quando de repente ouviu o gemido abafado de Murong Yan. Ele ergueu a mão para cobrir os olhos, fazendo com que a comida de peixe se espalhasse pelo chão.
“Jovem Mestre Murong!” Zhao Zhuo perguntou ansiosamente: “O que aconteceu com você?!”
Murong Yan balançou a cabeça e disse: “Meus olhos doem”.
Zhao Zhuo perguntou: “Então o que devemos fazer? Devo ajudá-lo a encontrar um médico?”
Murong Yan assentiu.
Eles correram pelo quintal e encontraram Gu Lang, que havia voltado de algum lugar.
Zhao Zhuo gritou: “Jovem Mestre!”
Gu Lang franziu a testa ao ver suas expressões estranhas: “O que houve?”
Zhao Zhuo disse: “Os olhos do Jovem Mestre Murong doem”.
Gu Lang ajudou Murong Yan a sentar-se à mesa de pedra e pediu a Zhao Zhuo que procurasse um médico.
“Por que seus olhos doem de repente?” Gu Lang viu que havia suor na testa de Murong Yan e ficou com medo de que fosse muito doloroso.
“Não é nada.” Murong Yan apoiou-se na mesa de pedra e forçou um sorriso. “Talvez sinta sua falta porque não te vê há muito tempo.”
Gu Lang: “…”
Você não pode falar sério por um momento?
Zhao Zhuo correu com o médico, seguido por Sun Fang, que também veio ao ouvir a notícia.
O médico removeu o pano branco que cobria os olhos de Murong Yan e olhou mais de perto. Ele olhou para ele e disse com raiva: “Eu disse para você não chorar! Seus olhos não podem entrar em contato com a água agora! Por que você chorou!”
Gu Lang, Zhao Zhuo e Sun Fang: “…”
Murong Yan tentou salvar a face: “Eu não…”
“Feche seus olhos!” Repreendeu o médico. “Você desperdiçou meu remédio por nada, é muito caro! Os jovens simplesmente não ouvem conselhos…”
Sun Fang foi para o lado de Gu Lang e olhou para o cego Murong Yan. Ele disse atordoado: “Oficial Gu, me belisque, estou sonhando? O Primeiro Mestre está chorando? Ele é cego, não estúpido, certo?”
“Sun Fang!” Murong Yan não aguentava mais. “Você não tem nada melhor para fazer? Vá até a oficina para buscar o dinheiro!”
Sun Fang se afastou, olhando para trás três vezes a cada passo, tão preocupado quanto um velho pai.
O médico repreendeu enquanto trocava o curativo de Murong Yan. Ele repetidamente o lembrou de não chorar mais, pois ele sangraria ao invés de derramar lágrimas.
Murong Yan assentiu sem jeito.
Zhao Zhuo mandou o médico de volta. Gu Lang ficou atrás de Murong Yan e olhou para ele sem dizer uma palavra.
Murong Yan sentiu como se houvesse uma adaga nas costas: “O que aconteceu?”
Gu Lang parou por um momento e disse: “Você… encontrou algum problema?”
Murong Yan respondeu: “Não”.
Gu Lang perguntou: “Então por que…”
Você está chorando?
Murong Yan apontou para seus olhos e disse: “Ele sente tanto a sua falta que tem vontade de chorar”.
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